
Desde o dia 8 até hoje, estive a reflectir... Não foi uma reflexão profunda, até porque o País, Matosinhos e eu às tantas não merecemos. Quanto ao eu da minha reflexão não vou falar aqui, mas quanto ao País e a Matosinhos, apenas quero dar um comentário. Nestas
autárquicas o que contam são as pessoas, é o poder que mais devemos respeitar, é o que deveria de ser o borbulhar da democracia. Mas o que vimos? Um País cansado de eleições, os Portugueses cada vez mais desacreditados com os seus
políticos, o "Partido" da abstenção cada vez mais forte. Em todos estes actos verificamos isso e o mais preocupante é o facto da
tendencia abstencionista se manter alta numas eleições em que as pessoas estão bem mais próximas dos
políticos que vão gerir os destinos das suas terras durante 4 anos. Continua a bipolarização do poder, com PS e PSD a dominarem em mandatos e os chamados partidos pequenos a não se catapultarem nesta esfera de poder. Pergunto um partido sem poder
autárquico pode ambicionar a ser um partido de poder nos
desígnios do País? A minha pena é que Portugal continua moribundo, começo a ser um defensor de uma união nacional em que por 4 anos "sem se parar a democracia" os partidos com responsabilidades que coloquem Portugal acima dos seus interesses nos tirem deste marasmo.
Em Matosinhos, a minha terra, o que eu esperava aconteceu. Sabia que um dos
Guilhermes ganharia, ponderei que até poderiam ganhar os dois, pensando tal como aconteceu que o Guilherme que estava na
pole position não iria alcançar a maioria absoluta, mas o outro Guilherme certamente não será o joker. Guilherme Pinto ganhou conforme o esperado, Narciso deu luta mas não chegou lá, contudo terá uma palavra a dizer ou não... a ver vamos no futuro ( a presença dele na vereação é
imprescindivel para que esta não se transforme em uma maioria
absolutissima). Quanto ao PSD, o que eu pensava que aconteceria, um partido em Matosinhos, oco a olhar para o umbigo, a viver de ilusões, a não se saber gerir, a não saber o que quer e entretido como sempre com as suas intrigas internas. Enfim uma novela que não acaba. Sou um dos que acha que os candidatos à Câmara não terão que ser da terra, mas terão que cumprir e dedicar-se se pretenderem mesmo ajudar. Insisto o PSD de Matosinhos tem que ter
alguém, seja de cá ou não, mas que assuma com TODOS um projecto a 8 anos, que saiba perder, que seja aglutinador, mas que acima de tudo saiba conquistar e criar um clima de confiança para conseguir ser uma alternativa válida. Neste momento o PSD em Matosinhos não é nada, ou melhor será talvez um parque temático onde se brinca ao poder sem o ter, mas vivendo no mundo do faz de conta sonhando que um dia terá. Fico muito triste quando o nº2 à
CMM deste partido quase apelida de "
estúpidos" os
Matosinhenses pelas opções que tomaram. Não me revejo neste discurso. Qual o conceito de democracia? Quem não está bem ponha-se. Triste também com a
saída de Honório Novo, faz falta a Matosinhos, a CDU é necessária como oposição.
Imagino hoje as pessoas que estiveram com o telemóvel colado ao ouvido à espera que tocasse...
Esta é a minha visão do que vi, o que senti mais para mim virá num outro
post, neste blog que falo de tudo, mas também muito de mim de uma forma encriptada.
Imediatamente as reflexões politicas acabaram.... Ufa!