domingo, 19 de abril de 2009

Já ou Agora e o momento imediato!


Já ou Agora, aproveito para pedir desculpas pela minha ausência, mas a falta de tempo e inspiração leva a que estas pausas aconteçam. Mas desde a ultima vez que escrevi, pouco ou nada mudou no momento imediato deste país à beira mar plantado.
Fala-se da crise, de tudo que é mau e que não existe luz ao fundo do túnel. Por vezes as democracias têm destas coisas. Foi um dos perigos da globalização, para quem não aproveitou as oportunidades préviamente concedidas.
As democracias têm destas coisas de facto! Nomeadamente as democracias latinas. Os latinos são um povo que gostam de viver libertos, sem muitas obrigações, fazer o que lhe der na real gana, onde e quando muito bem entenderem, mas quando perdem o controlo, necessitam como de pão para a boca de alguém que lhes faça descer à terra, que os façam assentar e que lhes indiquem o caminho. Aqui sim já em último recurso.
Quantas vezes ouvimos dizer: "Se o Salazar voltasse nada disto acontecia!". Pois é, na politica acontece o mesmo.
O povo latino adora governos populares, que tomem medidas que agradem, que não obriguem a tarefas muito árduas, mas quando a sociedade perde o controle e a vida já não corre tão bem, aí necessitam e pedem governos duros, que pratiquem reformas e que tomem medidas com vista a melhorar o futuro. Contudo nunca o fazem per si, necessitam que sejam sempre "os outros" a dar o primeiro passo, esquecendo que "os outros" somos todos nós.
A história no Portugal recente diz-nos isso. Após o 25 de Abril, viveu-se toda uma anarquia e um aprender do que era realmente a liberdade. O que gerou? Gerou crise, um encontrar das raízes, uma quase guerra civil, uma quase banca rota. O que é que o povo pediu? Pediu uma mão firme, um rumo. Aconteceu isto com Cavaco Silva. Só que esta dureza de medidas, cansou o povo e a seguir, quando tudo parecia bem e outros valores na sociedade se alevantaram, vivemos até hoje a busca do encontro de todas as medidas populares, de todas as medidas erradas e tomadas. Assim voltamos ao inicio do ciclo, da necessidade de ter alguém que indique um rumo com capacidade de acção e que mostre o rumo do futuro. Sinceramente não estou a ver ninguém que o faça, até porque toda a conjuntura internacional influencia o que se passa cá dentro. Agora tudo é bem diferente de 1985. Resta-nos a esperança de um novo D.Sebastião. Pergunto: Esse D. Sebastião não estará em cada um de nós?
Termino com uma frase de um homem que a história me fez admirar e que tem a palavra vencer dentro do seu nome:
"O Optimista vê uma oportunidade em cada perigo;
O pessimista vê perigo em cada oportunidade"
Winston Churchill

1 comentário:

  1. um bocadinho pouco isenta não? o "rumo" do cavaco provocou um enorme atraso civizacional no pais, mas não discuto isto contigo, lol

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