Não sei em que País vivo, com que pessoas convivo. Parece triste, mas não é. Parece negativo mas não é. Acontece que é realidade.
Por vezes penso que a minha geração não teve uma guerra. Por muito que me custe dize-lo, estamos a precisar. Destruir, pensar e reconstruir, aprendendo com os erros, enfim criando.
Criando emprego, criando novas atitudes, criando novos modos de vida, novos objectivos. Parece que a reengenharia está completamente esgotada, isto porque as pessoas, as empresas e as famílias estão constantemente insaciadas. Temo pelo futuro, pelas constantes decisões erradas do passado, pelo facilitismo adquirido e pela dificuldade de fazer sacrifícios de entender a realidade.
Vivemos uma democracia de crise, uma sociedade de crise, dita a viver acima dos limites, mas onde o dinheiro quando é necessário, aparece. Não parece promiscuidade, isto? Uma sociedade cada vez mais dividida. Faz-me lembrar o discurso Português das PME's, tão necessárias na teoria, mas nada de criar valor na prática. As famílias estão assim, vão da riqueza média ao abismo num instante, são tão necessárias as famílias de classe média para combater o fosso entre as ricas e as que estão tecnicamente na pobreza como os países, contudo é só teoria.
Deixo-vos com um poema do Torga, e não é dos Bichos......
"Recomeça...Se puderesSem angústiaE sem pressa.E os passos que deres,Nesse caminho duroDo futuroDá-os em liberdade.Enquanto não alcancesNão descanses.De nenhum fruto queiras só metade.E, nunca saciado,Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.Sempre a sonhar e vendoO logro da aventura.És homem, não te esqueças!Só é tua a loucuraOnde, com lucidez, te reconheças…"(Poema de Miguel Torga)
Caro Babo, Madre Teresa de Calcuta dizia:
ResponderEliminarÉ mais fácil ser-se pobre um dia...do que sê-lo todos os dias...
Poucos com muito...muitos com pouco...
É de facto frustrante ver os nossos jovens com o futuro quase sempre sombrio.
Saudações Marítimas
José Modesto